Tumores hepáticos, podem ter natureza benigna ou maligna , portanto, apenas dizer que há um tumor hepático não significa necessariamente que se está falando de um câncer (doença maligna). Este texto tem por objetivo trazer alguns aspectos relevantes para esclarecer alguns diagnósticos, pois é muito comum depararmos com pessoas muito assustadas ao ver em um laudo de exame o diagnóstico de um tumor hepático.

A boa notícia é que na grande maioria das vezes, felizmente, os achados mostram lesões de natureza benigna, principalmente hemangiomas, hiperplasia nodular focal, adenomas e cistos hepáticos. Em alguns casos, porém, trata-se realmente de lesões de natureza maligna e que necessitam de alguma intervenção. A má notícia é que não só as lesões malignas necessitam de alguma intervenção. Algumas lesões de natureza benigna, como os adenomas e cistos, podem precisar de algum tipo de intervenção conforme seu tamanho, característica e sintomas.

MÉTODO DIAGNÓSTICO

Muitas vezes os tumores hepáticos são detectados através da ultrassonografia. É um método diagnóstico muito importante e que pode definir muitas características sobre a lesão e mesmo dar pistas sobre sua natureza. Contudo, exames como a tomografia computorizada (TC) e, preferencialmente, a ressonância nuclear magnética (RNM) geralmente são necessários para definição diagnóstica, associado a exames laboratoriais e a história clínica.

SOBRE OS DIAGNÓSTICOS

TUMORES MAIS FREQUENTES, DE NATUREZA BENIGNA:

Hemangiomas – são lesões benignas, geralmente assintomáticas e congênitas, constituídas por um enovelado de vasos sanguíneos que ganham a configuração de uma tumoração. Ocorrem em até 20% da população.

Hiperplasias Nodulares Focais – constituem o segundo tipo de lesão benigna encontrada com maior frequência depois dos hemangiomas, também são congênitas e geralmente assintomáticas. De uma forma simplificadamente, são lesões regenerativas.

Cistos simples – presentes em cerca de 5% da população, podem ter origem congênita ou surgir ao longo da vida, geralmente assintomáticas, possivelmente relacionada a malformação de ductos biliares.

Adenomas – possuem um comportamento geralmente benigno.

Cistos hidático – causado por infecção pelo parasita Echinococcus granulosus, leva a formação de uma lesão de característica cística no fígado.

TUMORES MAIS FREQUENTES, DE NATUREZA MALIGNA:

Neste grupo, podemos observar tumores que são originados no próprio fígado, ou seja, são primários do fígado, e tumores que são originados em outros órgãos e se alojam no fígado:

TUMORES DE NATUREZA MALIGNA SECUNDÁRIOS:

Metástases hepáticas – são lesões de natureza maligna, oriundas de tumores malignos originados em outros órgãos, como o intestino grosso, pâncreas, estômago, mama, entre outros.

TUMORES DE NATUREZA MALIGNA PRIMÁRIOS:

Hepatocarcinomas – geralmente surgem associados a doenças como cirrose hepática, doença gordurosa do fígado, hepatites B e C, intoxicação crônica por toxinas, entre as principais causas.

Colangiocarcinomas – tumores originados de células das vias biliares, podem ocorrer tanto no fígado, como nas vias biliares, que estão intimamente relacionadas ao fígado.

QUAIS OS SINTOMAS DECORRENTES DESSES TUMORES?

No caso das lesões de natureza benigna, na maior parte das vezes não há qualquer sintoma e o diagnóstico acaba ocorrendo durante algum exame para investigação de outras doenças, como uma ultrassonografia, ou tomografia.

Outras vezes, as lesões podem ocupar localização e dimensões que acabam por comprimir outras estruturas e causar distúrbios e sintomas relacionadas a esse efeito mecânico. Se comprimem o estômago, podem produzir efeitos como sensação de plenitude, náuseas ou mesmo dor. Se comprimem as vias biliares, podem produzir icterícia, entre algumas das manifestações que mais chamam atenção.

Os tumores de natureza maligna, inicialmente podem não apresentar qualquer manifestação, mas à medida que progridem, acabam produzindo sintomas como dor, perda de peso, icterícia, anemia, entre os mais importantes.

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