A doença de Peyronie é caracterizada pelo espessamento fibrótico da túnica albugínea, que pode gerar curvatura no pênis e dificuldade de ereção. Na fibromatose de Peyronie ocorre a formação de placas fibrosas identificadas como áreas onde a túnica albugínea se encontra espessada. As placas são mais frequentes no dorso do pênis, porém, podem ser também identificadas nas faces ventral, lateral ou no septo peniano.

O achado típico, na ultrassonografia, é de espessamento focal hiperecoico da túnica albugínea. Na decorrência de calcificações associadas, a imagem exibe sombra acústica. Achados menos frequentes, atribuídos a estágios mais precoces da doença (fibrose ainda discreta), são lesões hipoecoicas com espessamento focal dos tecidos pericavernosos, espessamento focal ecogênico da túnica sem sombra acústica posterior, lesões isoecoicas retráteis com atenuação do feixe sonoro posteriormente, e perda focal da continuidade da túnica albugínea. No estudo com Doppler, o aumento do fluxo ao redor das placas pode sugerir atividade inflamatória e a ausência pode sugerir estabilidade da doença. A ultrassonografia é útil não só para a identificação das lesões, mas também para determinar sua relação com o feixe neurovascular. A disfunção erétil pode estar presente na doença de Peyronie, frequentemente relacionada a fuga venosa, pela drenagem anormal no local da placa.

Leave a Reply