A síndrome do túnel do carpo (STC) é a neuropatia compressiva de ocorrência mais frequente e afeta entre 2,7 a 5,8% da população geral. Ocorre predominantemente em mulheres na faixa etária entre 35 e 60 anos e é decorrente da compressão do nervo mediano no punho. O envolvimento é bilateral em quase metade dos casos, mas a mão dominante é a primeira e mais gravemente acometida.

A síndrome é considerada principalmente um distúrbio sensitivo, porque as fibras sensitivas do nervo mediano são mais afetadas do que as motoras. Doenças de base como diabetes, hipotireoidismo e disfunções hormonais são comumente associadas à STC. Na história e no exame físico, ocorre a queixa de dor que piora a noite, formigamento, falta de firmeza nas mãos, choque e perda da destreza. Atividades que promovem a flexão do punho podem agravar os sintomas. Os sinais provocativos como os testes clínicos de Tinel e Phalen, são considerados altamente sugestivos do diagnóstico. Os exames de eletroneuromiografia (EMG) são geralmente considerados para comprová‐la, mas esse teste pode não estar prontamente disponível ou ser bem tolerado por todos os pacientes, o que impede a sua repetição para acompanhamento. A ultrassonografia (US) do punho com medição da área do nervo mediano (ANM) tem sido considerada uma opção à EMG. Uma ANM de 9 mm2 no túnel do carpo distal, ao nível do osso pisiforme, é considerada diagnóstica de STC. Um dos problemas de estudar a STC é a falta de consenso para estabelecer o diagnóstico definitivo. Os neurologistas tradicionalmente estabelecem‐no com base mais nos resultados de estudos de condução nervosa do que nos sinais e sintomas do paciente.

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