A tendinite de Aquiles, também conhecida como tendinite calcânea ou tendinopatia calcânea, caracteriza-se pela inflamação e degeneração do tendão calcâneo (de Aquiles). 70% das pessoas que desenvolvem o problema são corredores ou praticantes de outros esportes que envolvem a corrida.

ANATOMIA

tendinite

O tendão de Aquiles é o mais forte do corpo humano, sendo capaz de suportar até 12 vezes o peso do corpo. Está localizado na parte de trás do tornozelo unindo a musculatura da panturrilha com o calcâneo (osso do calcanhar) e tem a função de impulsionar o pé durante a caminhada ou corrida.

CAUSAS

A tendinite do Aquiles resulta de um estresse repetitivo além daquilo que o tendão está preparado para suportar no momento. Pode estar relacionada a uma menor resistência do tendão, em função de fraqueza, envelhecimento, degeneração ou doenças como o diabetes, ou ao aumento da demanda, no caso de ganho de peso ou alterações bruscas na rotina de treino (aumento de volume ou frequência, mudanças de superfície, treinos em terrenos irregulares ou com subidas e descidas, mudanças de calçado). A má técnica esportiva é outra causa de sobrecarga no tendão.

O uso frequente de salto alto pode levar a um encurtamento da musculatura da panturrilha, favorecendo ao desenvolvimento da tendinite no calcâneo.

SINTOMAS

tendinite 2

As principais queixas são a dor e a rigidez na parte de trás do tornozelo. Inicialmente o paciente apresenta dor no início da corrida, melhora após alguns minutos quando o corpo já se aqueceu e volta a doer após a atividade; com a evolução do problema, passa a doer durante toda a corrida, e no final torna-se constante, independentemente da atividade física.

A dor também piora para subir escadas ou ladeiras, e tende a piorar ao acordar ou após períodos prolongados de inatividade. Nos casos mais avançados, pode-se observar um aumento na espessura do tendão quando comparado com o tendão da outra perna e pode ser possível palpar nodulações no tendão.

Podemos identificar dois tipos de tendinite do Aquiles, de acordo com a parte do tendão que está inflamada:

  • Tendinopatia não insercional – Acomete a parte central do tendão, que fica mais espessado. A área mais vulnerável localiza-se entre 2 a 6 cm do calcanhar, que é uma área pouco vascularizada. As microlesões repetitivas e a tentativa constante de cicatrização fazem com que ocorra degeneração e, eventualmente, a calcificação das fibras do tendão, que se torna mais espesso.
  • Tendinopatia insercional – envolve a porção inferior do tendão, onde ele se conecta com o calcâneo (osso do calcanhar). Em alguns casos está associada à deformidade de Haglund, que é uma proeminência óssea no calcâneo que pode levar a uma compressão sobre o tendão e, consequentemente, à tendinopatia.
  • DIAGNÓSTICOO diagnóstico da tendinite de Aquiles é clínico, feito com base na história e exame físico do paciente, mas exames de imagem podem ajudar o médico a avaliar qual o grau de acometimento do tendão. As radiografias ,ultrassonografia e a ressonância magnética podem demonstrar áreas de calcificações (mais comuns nas tendinites insercionais), sendo que a ressonância é capaz de demonstrar as alterações degenerativas antes do aparecimento das calcificações.
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