A doença de Peyronie é caracterizada pelo desenvolvimento de placas fibrosas no pénis, mais especificamente na túnica albugínea, provocando ereções curvas e dolorosas.

Durante uma ereção, o pénis pode curvar para cima, para baixo ou para o lado, dependendo da localização da cicatriz. Alguns homens com esta doença não formam uma curva, mas podem ter uma aparência de “ampulheta”.

A maioria de homens não tem ereções perfeitamente direitas porque existe uma curva pequena e natural no próprio pénis, somente quando essa curva é mais exagerada, durante uma ereção, é que pode ser considerado um caso de doença de Peyronie.

Esta doença pode provocar diversas complicações quando não tratada, como é o caso da disfunção erétil, quando o homem não consegue obter ou manter uma ereção.

A doença de Peyronie raramente desaparece sem tratamento. Na maioria dos casos, esta doença permanece inalterada ou piora gradualmente com o tempo. 

Sinais e sintomas da doença de Peyronie

Os sinais e sintomas da doença de Peyronie podem aparecer de repente ou desenvolver-se gradualmente e podem incluir:

  • Tecido cicatricial – O tecido cicatricial associado com a doença de Peyronie (frequentemente chamado de “placa”) pode ser sentido sob a pele do pénis como fragmentos planos ou uma faixa de tecido duro;
  • Uma curva significativa no pénis;
  • Problemas de ereção 
  • Redução no tamanho do pénis;
  • Dor na zona peniana, com ou sem ereção;
  • Outras deformidades no pénis;
  • Etc.

Causas da doença de Peyronie

A causa da doença de Peyronie não é completamente conhecida, no entanto, existem alguns fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de tecido cicatricial à volta do pénis, a saber:

  • Lesões repetidas no pénis. Por exemplo, o pénis pode sofrer danos durante o ato sexual, atividade física ou como resultado de um acidente;
  • Hereditariedade (genética);
  • Idade. A doença de Peyronie pode ocorrer em homens de qualquer idade, mas o risco aumenta com o avançar da idade, sendo por isso a doença mais frequente nos homens mais idosos;
  • Tabagismo (fumar qualquer tipo de tabaco);
  • Certas patologias já existentes como contractura de Dupuytren, fascite plantar e esclerodermia;
  • Doenças autoimunes. Doenças como o lúpus eritematoso sistémico aumentam o risco de desenvolvimento de tecido cicatricial no pénis;
  • Entre outros.

Tipos da doença de Peyronie

A doença de Peyronie é classificada frequentemente em 2 fases, a saber:

Fase aguda

A fase aguda possui uma duração que varia, geralmente, entre 5 e 7 meses. Durante este tempo, as placas de tecido formam-se no pénis, a flexão/curvatura do órgão aumenta e pode começar a sentir dor durante as ereções.

Fase crónica

A fase crónica ocorre quando o tecido cicatricial deixa de aumentar, os sintomas são estáveis e não há mais alterações na curvatura, comprimento ou deformidade do pénis.

Esta fase ocorre mais tarde na doença e, geralmente, desenvolve-se entre 3 a 12 meses após o início dos sintomas.

Diagnóstico da doença de Peyronie

O exame físico é muitas vezes suficiente para identificar a presença de tecido cicatricial no pénis e diagnosticar a doença de Peyronie, no entanto, o médico urologista pode também recomendar um exame de imagem como uma ecografia (ultrassonografia) peniana, permitindo avaliar as estruturas do pénis.

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