O que é a doença pilonidal?
A doença pilonidal, comumente chamada de cisto pilonidal, consiste na penetração/presença de pelos abaixo do nível da pele, o que gera uma reação inflamatória no tecido adjacente, com formação de secreção purulenta, que forma lesão cística ou drena por orifícios próximos à região.
FIGURA 1 – Doença pilonidal
Qual é a causa da doença pilonidal?
Antigamente, acreditava-se que o individuo nascia com o problema; sabe-se hoje que é um processo adquirido durante a vida do paciente. A presença de pelos na região, o traumatismo local, fatores hormonais e a obesidade estão relacionados ao seu surgimento.
Quem são os indivíduos mais susceptíveis ao aparecimento da doença pilonidal?
É mais comum em adolescentes e adultos jovens, obesos e do sexo masculino. Todavia pode acontecer em qualquer sexo. Indivíduos que, em seu trabalho, manipulam pelos e cabelos também podem apresentar o problema (p. ex. tosquiadores e cabeleireiros).
Qual é o local mais comumente afetado?
A região sacrococcígea é a mais acometida (FIGURA 2), fator relacionado com a flora bacteriana local, localização dos pelos e o movimento de levantar e sentar, que gera pressão e facilita a sua penetração na região. Os pacientes que trabalham com cabelos ou pelos podem apresentar lesões em locais expostos (principalmente as mãos).
FIGURA 2 – O pelo e a doença pilonidal
Quais são os sintomas mais comuns da doença pilonidal?
O portador de doença pilonidal pode não ter sintomas, todavia o mais comum é o início de drenagem de secreção em região próxima às nádegas, associadas ou não à dor. A secreção pode ser clara, sanguinolenta e/ou purulenta.
Alguns indivíduos têm como primeiros sintomas, dor, inchaço local e febre. Podem ser sinais de formação de um abscesso, que deve ser avaliado por um médico, de preferência coloproctologista, que realizará a drenagem da secreção purulenta e orientará o uso de analgésicos e antibióticos, quando necessários.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da doença é clínico; geralmente o exame físico local é suficiente para que a conduta e tratamento sejam definidos. Todavia, o coloproctologista deve realizar o exame completo do paciente para que outros diagnósticos sejam excluídos, p. ex. fístulas e abscessos perianais (mais informações estão disponíveis no Blog específico sobre o assunto).
Em caso de dúvida diagnóstica, podem ser utilizadas a ultrassonografia de partes moles e a ressonância magnética de pelve para melhor avaliar o processo.
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