A epicondilite lateral ou cotovelo de tenista é uma doença degenerativa que afeta os tendões extensores que se originam na região lateral do cotovelo e infrequentemente também se estende à articulação.
Geralmente o tendão extensor radial curto do carpo é o mais acometido. Apesar do nome da doença sugerir um processo inflamatório, não apresenta esse aspecto em uma análise aprofundada dos tecidos envolvidos, apresentando mais alterações degenerativas (tendinose) do que inflamatórias. É mais comum entre a 4ª e 5ª décadas de vida e apesar de levar o apelido de cotovelo de tenista apenas 5 a 10% das pessoas que apresentam a doença são praticantes deste esporte.
É mais frequente do lado dominante e acomete os dois sexos em proporções iguais. Ela foi dividida em quatro estágios histopatológicos: o primeiro apresentava apenas um processo inflamatório, reversível e sem alterações dos tecidos; o segundo já apresenta sinais de degeneração angiofibroblástica; o terceiro já apresenta alterações estruturais e sinais de ruptura tendinosa; o quarto além dos sinais de ruptura tendinosa apresenta calcificações e presença de tecidos cicatriciais.
Exame físico para detectar epicondilite lateral
O exame físico para detectar a epicondilite lateral é bem simples e consiste na palpação das estruturas do cotovelo com reprodução da dor sentida pelo paciente durante a palpação da inserção da musculatura extensora sobre o epicôndilo lateral. Testes específicos são baseados em simulações do esforço da musculatura extensora em posições diferentes do cotovelo. São os testes de Cozen e Mill, são positivos quando o paciente apresenta dor.
Exames complementares
O paciente geralmente chega ao consultório com um RX do cotovelo que apenas em 20% dos casos podem apresentar alterações como calcificações na região lateral do cotovelo. Serve para fazer diagnóstico diferencial com outras doenças. O ultrassom é muito dependente de examinador e apresenta diferentes resultados quando realizado por profissionais diferentes, porém é o exame mais comumente pedido e apresenta boa sensibilidade. O melhor exame para os casos refratários ao tratamento conservador é a ressonância magnética, que é utilizada como guia até para planejamento do tratamento cirúrgico quando este se fizer necessário.
Sintomas da epicondilite lateral
A principal queixa da epicondilite lateral é de dor na face lateral do cotovelo e antebraço que piora com esforços e dificulta e até impossibilita a pratica de atividade física, atividades braçais mais vigorosas ou até mesmo atividades de vida diária que necessitem de força de preensão / torção com o punho estendido ou flexão passiva do punho com o cotovelo esticado.
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