Aneurisma é a dilatação de 50% ou mais de todas as camadas da parede de um vaso. Na maioria dos adultos, a aorta com diâmetro maior que 3 centímetros é considerada aneurismática. Nos aneurismas de aorta abdominal (AAA), o local mais acometido é infra-renal .

A incidência é maior em homens acima de 60 anos, e os fatores de risco mais associados a AAA são idade avançada, homens, caucasianos, tabagistas, história familiar positiva, aterosclerose e aneurisma em outros sítios . Apenas 50% dos casos de ruptura de AAA chegam ao hospital com vida, sendo que entre 30 e 50% desses pacientes evoluirão ao óbito apesar do tratamento. O rastreamento só é indicado em pacientes acima de 65 anos e tabagistas, anualmente.

A maioria dos pacientes são assintomáticos e diagnosticados de forma acidental. Quando sintomático mas sem ruptura, evoluem com dor abdominal, lombar ou em flancos, isquemia de membros inferiores aguda ou crônica e sintomas sistêmicos como febre e mal estar geral. Geralmente secundário ao crescimento rápido, que leva a compressão de estruturas adjacentes, mas também secundário e inflamação ou infecção do aneurisma.

Quando há ruptura do aneurisma, pacientes apresentam dor abdominal severa, hipotensão e massa abdominal pulsátil em 50% dos casos. Rupturas no retroperitônio podem atrasar o diagnóstico por simular cólica renal, perfuração intestinal, hemorragia gastrointestinal ou diverticulite.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por exame de imagem. AAA maiores que 5,5 cm são diagnosticados pelo exame físico em menos de 50% dos casos. O exame inicial de escolha para pacientes assintomáticos e/ou para acompanhamento de AAA pequenos e médios é o ultrassom (USG) abdominal, com sensibilidade e especificidade de 100% para aneurismas maiores que 3 cm.

Já em pacientes sintomáticos estáveis hemodinamicamente, o exame de escolha é Tomografia Computadorizada (TC) com contraste ou Ressonância Magnética (RM). Em situações de instabilidade hemodinâmica com diagnóstico prévio de AAA, pode -se proceder para o tratamento sem exames de imagem. Se não há diagnóstico conhecido de AAA, pode ser realizado USG a beira do leito ou na sala de cirurgia, sem atrasar o tratamento.

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