Radiografia de tórax

Princípios:

  • Define mal o volume de líquido acumulado.
  • Imagem normal não exclui o diagnóstico de derrame pleural.
  • Conceito: Pulmão é menos denso que o líquido: Pulmão flutua sobre o líquido. O pulmão mantém sua conformação original em toda as fases de colapso.

Incidência póstero-anterior (PA) em ortostase:

  • Velamento homogêneo, com densidade de partes moles, localizado inferiormente, no hemitórax, obliterando o ângulo do seio costofrênico.
  • Parábola de Damoiseau ou sinal do menisco.
  • Preenchimento do seio costofrênico a partir do acúmulo de aproximadamente 200 ml de líquido.
  • DP Subpulmonar: aparente elevação do hemidiafragma.
  • Outros achados: Desvio do mediastino contralateral ao DP em caso de grandes volumes; Atelectasia ipsilateral; Inversão diafragmática.

Incidência ântero-posterior (AP) supina:

  • Comumente realizada em pacientes de unidades intensivas
  • Acúmulo do líquido livre em porções dependentes da gravidade
  • Achados: Aumento da opacidade do hemitorax correspondente com preservação da trama vascular; Perda da silhueta aguda do hemidiafragma ipsilateral; Elevação do hemidiafragma; Espessamento aparente das fissuras pulmonares.

Incidência lateral com raios horizontais (Hjelm-Laurell):

  • Evidencia líquido livre na cavidade pleural por efeito da gravidade;
  • Evidencia mesmo pequenos volumes de líquido, principalmente à expiração profunda;
  • Avaliação de volume mínimo para toracocentese: distância parede torácica- borda pulmonar > 10 mm;
  • Idealmente realizar em ambos os decúbitos laterais.

Ultrassonografia torácica

Vantagens:

  • Grande sensibilidade: mesmo em pequenos DP.
  • Pode guiar toracocentese.
  • Beira-leito, podendo ser utilizado nos pacientes críticos.
  • Permite ainda mensuração do volume de derrame.
  • Melhora o diagnóstico diferencial entre DP x espessamento pleural com o auxílio do Doppler.

Achados:

  • Área anecóica / hipoecóica entre a pleura parietal e visceral que varia conforme a ventilação.
  • Balanço de estruturas como uma lingueta (tongue-like).
  • Simples x complexas (densidades diferentes – normalmente exsudatos).
  • Zona de segurança: Avaliar distância pleural e de órgãos sólidos/ diafragma.
  • Mensuração de volume: (Classificação de Tsai et. al)
    • Mínimo: acomete apenas o ângulo costo-frênico.
    • Pequeno: pequena extensão além do ângulo-costofrênico dentro do campo de um probe.
    • Moderado: dentro da campo de um a dois probes.
    • Grande: além do campo de dois probes.
  • Abordável: > 1 cm de profundidade.
  • Septações: Malignidade, infecção pleural.

Tomografia Computadorizada de Tórax

Achados: Opacidades em porções dependentes da gravidade no tórax posterior.Útil para avaliar condições pulmonares associadas, assim como os efeitos do derrame sobre o parênquima pulmonar além de avaliar espessamento pleural.

Melhor exame para estimar o volume do derrame pleural.

Auxilia na avaliação de malignidade do DP: Nodulações pleurais, acometimento da pleura mediastinal, espessamento pleural > 1 cm.USG é preferível a TC quando a dúvida é somente a existência do DP.

Imagem incorporada

Leave a Reply