As anormalidades congênitas podem acometer todos os órgãos do corpo, mas são mais comuns no trato urinário do que em qualquer outro sistema do organismo. 

Hipospádia

A hipospádia é uma anormalidade, que acomete os meninos, caracterizada por uma alteração na formação do canal da uretra, levando a uma abertura do orifício uretral numa posição bem diferente da habitual – que se localizaria normalmente na ponta da glande (cabeça) do pênis.

Estenose de JUP

A estenose de JUP acontece quando há um estreitamento na junção da pelve renal que liga o rim à bexiga, levando a uma dilatação renal ou hidronefrose, com prejuízo na função do rim acometido, já que a urina produzida no órgão não consegue chegar ou chega de forma lenta na bexiga.

Através de um exame de ultrassom é possível detectar a presença de acúmulo de urina no rim, o que sugere que o feto apresenta a doença. 

Hérnia inguinal e hidrocele

Esses problemas possuem o mesmo defeito congênito: o não fechamento do canal inguinal, responsável por fazer o ligamento entre o abdome e a bolsa escrotal. Quando este canal permanece aberto após o último mês de gestação, ocorre acúmulo do líquido da cavidade abdominal no escroto, caracterizando a hidrocele. Se o canal for muito largo, pode ocorrer a penetração de uma alça intestinal ou outra estrutura intra-abdominal, resultando na hérnia inguinal.
Megaureter

Corresponde a um aumento do diâmetro do ureter (acima de 7 milímetros) canal que comunica o rim à bexiga urinária e que  transporta a urina. Esse problema pode ser causado pela obstrução da transição do ureter com a bexiga urinária ou em virtude de um refluxo vésico ureteral.

O megaureter pode ser diagnosticado por meio de ultrassom no período pré-natal. Após o nascimento, um novo exame deve ser realizado no bebê para acompanhar o quadro da doença. 

Refluxo vesicoureteral

Consiste em um refluxo anormal de urina da bexiga, que ocorre quando a válvula anatômica, presente nos ureteres, não funciona corretamente, fazendo com que a urina volte para os rins.

Como o refluxo da urina favorece o transporte de bactérias para os ureteres e rins, o refluxo vesicoureteral é responsável por grande parte dos casos de infecções urinárias.

Válvula de uretra posterior

É uma válvula na parte da uretra que está mais próxima à bexiga e que leva à dificuldade na micção desde o período fetal, ocasionando problemas no funcionamento da bexiga que podem comprometer todo o trato urinário. 

Bexiga neurogênica

A bexiga neurogênica consiste em disfunções vésico-esfincterianas que acometem portadores de doenças do sistema nervoso central ou periférico. Caracterizada pela incapacidade de controlar o ato de urinar, a doença pode tornar a bexiga hiperativa, quando há perda involuntária de urina, ou hipoativa, quando a bexiga não é capaz de eliminar a urina.

Criptorquidia

O natural é que todo bebê do sexo masculino nasça com os testículos dentro da bolsa testicular, entretanto, isso pode não ocorrer, podendo os testículos serem palpáveis em outra localização ou impalpáveis, caracterizando a criptorquidia.

Extrofia de bexiga

É uma malformação congênita rara em que a bexiga não se fecha completamente, ficando aberta na parede abdominal, havendo, ainda, problema na formação da uretra e do genital.

Síndrome Prune Belly

Essa síndrome corresponde à hipoplasia ou aplasia dos músculos da parede abdominal, criptorquia bilateral (nos meninos), juntamente com alteração no trato urinário, como, por exemplo, a bexiga de grande volume, dilatação do ureter, estenose de JUP, refluxo vesicoureteral entre outros.

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