A US fetal tem permitido a detecção das anomalias do trato urinário em neonatos quase sempre assintomáticos. Esse diagnóstico precoce tem contribuído para abordagem clínica adequada e, consequentemente, melhor prognóstico dos lactentes com malformações congênitas do trato urinário.

A compreensão da história natural e do curso clínico dessas afecções tem possibilitado uma abordagem mais conservadora. Desta forma, o manejo clínico das nefrouropatias têm sofrido profundas modificações. Embora os avanços tenham sido inegáveis, ainda há questões controversas na investigação e tratamento de lactentes com HF, especialmente dos casos leves a moderados.

Enfatiza-se a necessidade de seguimento por longo prazo de todas as crianças com HF. Para os pacientes com dilatação leve da pelve renal (< 10 mm), pode ser indicada uma abordagem conservadora. Aqueles com dilatação moderada e grave da pelve renal se beneficiam de um acompanhamento mais rigoroso, especialmente lactentes com alterações bilaterais. A intervenção cirúrgica deve ser considerada nos casos com dano renal ou dilatação progressiva da pelve.

Apesar de terem sido estabelecidos vários critérios clínicos, laboratoriais e de imagem como parâmetros de grande utilidade na abordagem de HF, deve ser reconhecida a escassez de marcadores de maior acurácia, menos invasivos e de melhor custo-benefício na abordagem desses pacientes. Neste contexto, somente ensaios clínicos randomizados e estudos prospectivos podem contribuir verdadeiramente para uma abordagem racional e científica dessas questões.

 

Imagem incorporada

REF

  • 1. Aksu N, Yavascan O, Kangin M, Kara OD, Aydin Y, Erdoğan H, et al. Postnatal management of infants with antenatally detected hydronephrosis. Pediatr Nephrol 2005;20:1253-9.
  • 2. Ismaili K, Avni FE, Wissing KM, Hall M.; Brussels Free University Perinatal Nephrology Study Group. Long-term clinical outcome of infants with mild and moderate fetal pyelectasis: validation of neonatal ultrasound as a screening tool to detect significant nephrouropathies. J Pediatr 2004;144:759-65.

Leave a Reply