A Fibromatose e a Fascite Plantar são bem semelhantes e em alguns casos são difíceis de se diferenciar. Ambas possuem peculiaridades que atrapalham o desempenho do atleta durante uma corrida.
A fibromatose classifica-se como um distúrbio “hiperproliferativo”, ou seja, um distúrbio em que há um crescimento excessivo de tecido e é considerada uma doença rara, diferente da fascite, que é muito comum, principalmente em atletas.
A fascite ocorre quando o tecido fibroso (fáscia plantar) ao longo do pé se inflama, devido ao estresse excessivo dessa região. A fáscia plantar é um tecido conjuntivo que se estende da base do osso calcâneo (calcanhar) por toda planta do pé.
Já a fibromatose consiste em um ou mais pequenos nódulos duros, assintomáticos, redondos ou achatados, geralmente localizados no lado medial da planta do pé (bem no ponto doloroso equivalente à fascite).
Ambas ocorrem tanto em homens do que em mulheres, normalmente na faixa dos 30 aos 50 anos. As causas da fascite são diversas, entre elas o sobre peso, a prática de atividades de alto impacto sem preparo, alterações no arco plantar e o uso de calçados inadequados.
A fibromatose plantar não possui uma causa exata, mas pessoas com potencial são as que fazem o uso constante de salto alto, possuem vício postural ou trauma podal e também problemas genéticos.
O diagnóstico de ambos depende do uso de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, que detectam o espessamento da fáscia plantar e nódulos fusiformes localizados superficialmente com menos de 30mm de diâmetro.
Durante o exame físico para diagnóstico da fibromatose, é importante o registro do tipo de pé do paciente, no caso dos pés planos ou cavos acentuados pois estes se predispõem à fascite.
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